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Coluna do Prates

Ó, está tocando!

Começam a aparecer filas nas calçadas… Filas para consultas com psicólogos. Americanos, eles como sempre, já detectaram uma das maiores infelicidades de todos os tempos, infelicidade criada pelo próprio ser humano. Aliás, bobagem dizer assim, afinal, qual a infelicidade que não é criada pelo próprio ser humano?

E essa infelicidade de agora vem do que está sendo chamado de “fadiga digital”. Multidões andam com a cabeça louca em razão do celular na palma da mão, o celular virou algemas, virou cárcere, virou doping… Tudo em razão dos vazios existenciais. Vou lhe fazer uma pergunta, seja honesto, honesta com você mesmo: – Você, neste momento, está feliz? E ontem estava feliz? Não sei qual a sua resposta, mas aposto que estava com o celular na palma da mão ou muito perto dele, certo? Ué, se o celular o vincula a tantas pessoas, se é o seu instrumento de fazer amigos e ser feliz, por que você não está feliz? Estou imaginando que não esteja…

Já ouvi muitos dizerem que o que mais as pessoas andam precisando é de olho no olho. Desapareceu o olho no olho, as pessoas estão se relacionando “com o mundo todo”, mas só através desse ópio chamado de redes sociais. Redes sociais afundam as pessoas na infelicidade e nas depressões. O “abobado da enchente” diz que tem milhares de seguidores e não tem dois amigos, amigas, não tem. Já disse aqui que é “milionária” a pessoa que tem ou vier a ter “um” amigo, imagine dois ou três… Mas os “desatentos” ficam na estultícia dos milhares de seguidores/admiradores/amigos e se iludem, mas não se enganam quando fecham a porta do quarto e se dão consigo mesmos sozinhos, sem ninguém, sem um único amigo ou amiga que valha a pena, que lhe empreste ombros para desabafos. Falta o amigo, a amiga do olho no olho. Não vou espalhar, mas não é o seu caso?

E agora estão surgindo os retiros de fim de semana, sessões de meditação, ioga, orações, tudo para que as pessoas se aliviem da “fadiga digital”, era só o que faltava. Sinto muito, mas não tenho pena dessas pessoas “estafadas”. Livros, teatro, artes, música de qualidade, amigos, “elevações”, sempre estiveram e estão por perto. Curioso isso, a infelicidade das pessoas lhes está na palma da mão e elas não veem isso… Ó, está tocando, atenda!

Amigos 

Acabei de ler “120 Conselhos sobre Carreira”, um manual de orientações para a pessoa viver melhor no ambiente de trabalho. Li e conclui: nada de novo. Então, vou ficar com a dica que costumo dar, penso que seja bem prudente: – “Cordialidade com todos, intimidade com ninguém”. Cortesia é sinônimo de educação e quem for educado no ambiente de trabalho fará amigos. E fazer amigos é a mina de ouro da vida. Amigos, não negócios…

Memória   

Cobrar por favores feitos é mau negócio. Psicólogos americanos, faz tempo, descobriram que um favor que você tenha feito a alguém vai sumindo da cabeça desse alguém à taxa de 20% ao ano. Daqui a pouco a pessoa não vai lembrar mais “nem a pau, Juvenal”, mas… A desfeita que você lhe tenha feito, ah, essa nunca mais será esquecida. “Somos” assim. Melhor não cobrar.

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