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Estenda a mão

Coluna do Prates para segunda-feira, 02 de Julho de 2018.

Estenda a mão e lá se vai a depressão. Já explico o que quero dizer com esse “estenda a mão e lá se vai a depressão”. É que peguei a Claudia, a revista, e lá estava a reportagem – “Ajudar os outros é um ótimo antídoto contra a depressão”.

Antes de ir adiante, é bom que fique claro que a “depressão” está derrubando multidões pelo mundo, mas… a depressão não é uma doença objetiva como a gripe, por exemplo. A depressão tem muito, quase tudo, de pessoal, de um modo individual de perceber e reagir da pessoa, muito pouco com genético ou nada de genético.

Muita gente luta, e doutores lhes dão força, para que a depressão seja uma “doença” que vem de fora e que pode derrubar uma pessoa forte, de boa autoestima, robusta emocionalmente. Nada disso, companheiros, nada disso. Mas essa de “Ajudar os outros é ótimo antídoto contra a depressão” faz sentido, na medida em que quando “saímos de nós” e nos envolvemos com o que quer que seja, “esquecemos” das nossas depressões ou inquietações emocionais. Verdade pura.

E dizendo isso, lembro de uma história, história a que testemunhei. Uma vizinha vivia de cama, depressiva, fundo de poço existencial… Até que um dia, uma boa e querida vizinha dela teve um grave problema de saúde, não tinha quem cuidasse dela, vivia sozinha, sem marido e dois filhos morando longe. O que fez a “depressiva”? Esqueceu da depressão, atravessou o pátio e foi tomar conta da vizinha amiga e doente. Por muitos dias, esqueceu completamente da depressão em que vivia. Bem como diz a reportagem da Claudia: ajudar os outros é ótimo antídoto contra a depressão. E digo mais, contra todos os cansaços na vida, estender a mão faz bem à saúde. A depressão resulta em grande parte de um grave sentimento de menos valia, de baixa autoestima, de um certo e incompreensível sentido de vazio na vida… E a pessoa vai murchando. E o que se chama de genética na depressão não passa de “exemplo”, geralmente exemplo vindo da mãe, depressiva e contagiosa para as filhas, mais para as filhas. E no caso, tudo se explica pelo convívio muito próximo. E que fique claro, ninguém será “vítima” da depressão tendo pela frente um trabalho desafiador e apaixonante. A depressão vem de vidas vazias. A Claudia tem razão, a revista…

DEPRESSÃO

Sobre esse enjoado assunto aí de cima, depressão, uma psiquiatra na mesma reportagem da Claudia diz que “A conturbada rotina de hoje e os hábitos contemporâneos (estilo de vida) respondem em grande parte pelos surtos depressivos”. Tens razão, doutora. Nossas circunstâncias e nossos valores de vida nos podem fazer afundar ou crescer para uma vida feliz. Depende do nosso jeito de ser… E esse jeito vem da primeira infância, do papaizinho e da mamãezinha…

DISCUSSÃO

Acabei de desligar a tevê. Mulheres discutiam direitos da mulher. Tem cabimento que essa questão seja ainda discutida? Sim, tem. Os homens têm todos os direitos e… vão continuar com eles enquanto as mulheres não educarem as filhas para crescerem como mulheres livres, altivas, conscientes e senhoras de seus narizes. Vai demorar, bah. Com o mulherio que anda por aí é preciso muita esperança. Coitadas das bebezinhas…

FALTA DIZER

Que os pais tenham coragem e batam na mesa: essa não. Escolas particulares, caríssimas, discutem pelo Brasil a criação de sanitários comuns, guris e gurias na mesma área. Essa não. Eu queria que um safado desses fizesse tal proposição na “minha escola”. Era só o que faltava.

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