Coluna do Prates para a 4ª feira, dia 27 de Junho de 2018.
Fui ali e já voltei, trouxe comigo a revista de bordo da Avianca. Folheando a revista, parei na página 88, título do artigo – Dinheiro e Felicidade. Não dá para resistir, dá? Nada de novo, todavia, aliás, não há nada de novo sobre dinheiro e felicidade. Adão e Eva viviam como majestades no Paraíso e não eram felizes… Não pelo menos na história da carochinha que nos contaram…
No tal artigo, lia-se a certa altura que – “A felicidade deixa de crescer a partir de um poder de compra anual equivalente a uma renda mensal de R$ 16 mil para uma pessoa. R$ 23 mil para duas. R$ 28 mil para três e R$ 32 mil para uma família de quatro pessoas.
Eu já tinha falado sobre esses números dia destes, aqui mesmo. Mas a história vai e volta. Vamos lá. Pelos números da pesquisa, convenhamos, são pouquíssimos os brasileiros que podem ser felizes… Marido, mulher e dois filhos precisam ter na conta mensal R$ 32 mil… Você conhece alguém? Não, funcionários públicos “graduados” não entram nessa. Graduados só na aparência, é claro… Quem você conhece com esse dinheiro todo?
Mas a questão não é essa. A questão é que não é preciso esse “dinheirão” todo para ser feliz. Grosso modo, e sem firulas retóricas, podemos ser felizes com… o salário mínimo. Claro que estou forçando a sensibilidade e a inteligência de quem me está agora “ouvindo”. De que serve, por exemplo, o dinheiro para um sujeito muito rico e gemendo num hospital? – Ah, mas não se deve pensar assim, “seo” Prates! E por que não? Ademais, sabe-se que o dinheiro de que precisamos na vida depende diretamente da cabeça que temos, dos nossos valores existenciais. Claro, estou imaginando que o básico não faltará em casa, mas eu disse o básico. E você sabia que já foram feitos estudos e descoberto que o tal “básico” não passa de 15 ou 20 itens de um supermercado com 80 mil produtos à disposição? Precisamos de muito pouco para viver. E se acrescentarmos a esse muito pouco um pouco mais, ainda assim ficaremos muito distante do que hoje consumimos sem necessitar.
Enfim, de acordo com a perna o passo, de acordo com os ganhos, a vida. Tão simples e tão impossível para a maioria. Vêm daí as depressões, os divórcios, as doenças e os suicídios…
PROIBIÇÃO
Num site de jornalismo, lá estava a pergunta para o debate: – “Será mesmo preciso proibir o uso de celulares nas escolas”? Sim, com toda a ênfase. Ninguém usa celular para pesquisar ou estudar em sala de aula. Usam o celular para piadas, indecências e orgias de todo tipo. Regra geral. Proibição já. – Ah, mas eu preciso me comunicar com meus filhos! Ligue para a direção da escola, ora bolas. Proibição imediata. Falsos docinhos.
VERDADE
Diz um professor de jornalismo em O Estado de São Paulo: – “Credibilidade é o verdadeiro capital de um veículo de comunicação”. Sem dúvida, professor. Mas é também o maior dos capitais humanos. Sem credibilidade um sujeito não atravessa a rua, nem devia casar… Mas elas parece que não estão nem aí diante dos safados, eles até crescem diante dos olhos delas…
FALTA DIZER
Cuidado com as perguntas numa entrevista de emprego. Numa dessas, o recrutador perguntou ao candidato se ele era bom observador. O candidato disse que era seu ponto forte. O recrutador então pediu a ele que descrevesse a salinha de espera, e o cara revirou os olhos, não lembrava nem da cor do sofá. Safado.