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Nós e nós mesmos

O que vou contar a seguir serve para você, para mim, para toda a vizinhança… E o que quero dizer é que quando estamos na frente de pessoas, vivendo um momento social, por exemplo, somos o que somos até aquele momento, podemos tentar usar máscaras, disfarçar, fazer o teatro que quisermos para parecermos mais, não vai adiantar. Estaremos diante dos outros com o nosso resumo de vida de até então. E o que somos resulta do que fizemos, mais das vezes, em solidão, sozinhos, nós e nós mesmos.

Goethe dizia exatamente isso. Que Goethe? Ora bolas, Goethe só existiu um: o escritor alemão. Goethe, um talentoso, dizia que – “O talento se forma na solidão; o caráter, no turbilhão do mundo”. Pronto, aí está o resumo da ópera dos talentosos.

Vamos imaginar que você tenha talento, potencialidades (capacidades de vir a ser) para tocar piano, bordar, pintar ou falar francês, o que for. Para que o talento ganhe força, expressão, você vai precisar praticar. E essa prática, ensaios, você fará sozinha/o, nas suas tardias horas do dia, quem sabe… Mas vai ter que praticar, suar, caso contrário, seu talento ficará na casca, embotado.

Sempre que falo disso, me lembro daquelas guriazinhas que disputam os Jogos Olímpicos de ginástica. Elas se apresentam para o mundo em 3 minutos, mas antes dessa exibição elas investiram milhares de horas em treinamentos exaustivos, quase desanimadores e… anônimos, ninguém as via em suas preparações. É assim que se comportam os vencedores. Digo isso, quase aos gritos, nas palestras que faço para jovens, especialmente os mais pobres: – “Todos você podem ser o que quiserem na vida, mas… vão precisar de silenciosos e demorados esforços. E quando chegarem à sala de aula, responderem as perguntas do professor e tirarem nota 10 não admitam que digam que vocês são “inteligentes”. Digam que são esforçados na solidão”…

Quando chegamos à frente de um grupo, ali estaremos com o nosso resumo de vida: um quase nada ou uma excelência, e isso só dependerá de nós. Já o nosso caráter, instância moral da personalidade, depende em muito de quem nos educou na primeira infância e de quem conosco hoje divide os cotidianos.

Aqueles malabaristas de sinaleiras de trânsito treinam muito em casa, ninguém os vê praticando. E no semáforo, eles nos distraem com a competência com os malabares… Foi tudo em casa, sozinhos, que eles aprenderam. Nós também podemos brilhar, se tivermos um incandescente desejo ou vergonha na cara…

VERGONHA 

Se você já ouviu a conversa aí de cima, vai entender melhor. Quase sempre, os caras que tiram os primeiros lugares nos mais concorridos vestibulares dizem que “não se mataram estudando, que estudaram o normal…”. Mentirosos, vocês vão ser da Lava Jato mais tarde… Estudando o “normal” ninguém passa num vestibular concorrido. Safados. Vocês têm vergonha de ser honestos?

ELAS 

Na verdade, elas e… eles. Não são só elas. Matéria em destaque num site de jornalismo: – “5 Motivos para usar tênis no seu casamento”. Nem perdi meu tempo, a primeira das razões é mau gosto, imbecilidade, falsa modernidade e nem aí para os ritos do casamento. Casam para fazer uma festinha e para se exibir diante das outras, das amigas que ainda não casaram. Quem casa de tênis irá ao banheiro, depois de casada, e deixará a porta aberta, com certeza… Sujas!

FALTA DIZER 

A sala de espera do laboratório estava lotada, cedo pela manhã. Silêncio total. De repente, um velho asqueroso dá três espirros daqueles de sacudir as árvores. Nem aí. Não protegeu a boca, nada. Um lixo humano. Vai ter o que merece…

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