Dependendo do ponto de vista, um sujeito com 50 anos é um meninão para a vida ou, por outro ponto de vista, um velho, um ancião. Tudo vai depender das circunstâncias que envolvem esse sujeito. Já explico, vou antes dar uma voltinha…
Você já sabe bem que no muito saber está a angústia, como disse Salomão, nos Provérbios. O que significa muito saber? Ora bolas, saber… Saber nos incomoda, nos tira o sono, nos faz ou pode fazer “revolucionários”. Vou dar um exemplo pessoal. Leio vários jornais por dia, vejo a três ou quatro telejornais, assisto a programas de jornalismo policial, “enfrento” livros, revistas, de tudo, todos os dias. Estou até aqui de informações e… irritado. Neste “muito saber” do que acontece provém a pior das iras. E o que me incomoda de modo especial são os “velhos”, velhos com idade acima dos 50 anos. Sim, porque um sujeito que aos 50 anos tenha que puxar o chapéu sobre a cara para esconder a vergonha é um canalha da vida, e um velho. Vejo “velhos”, presos pela Lava Jato, “velhos” safados que meteram a mão-grande no dinheiro público, que enriqueceram seus bolsos e de suas famílias, velhos que depois de velhos acabaram presos e… inventaram doenças para sair da cadeia e cumprir a pena em casa, privilégio vil dado pela “justiça” aos artificialmente poderosos. Um tapa na cara dos presos pobres .
Mas será que vale a pena? Valerá a pena o sujeito chegar à velhice e ter que andar pisando sobre ovos, escondendo a cara, fugindo de muita gente porque está acusado até os cabelos? Vale a pena perder a paz, perder a dignidade, vale a pena comprometer a saúde em troca de dinheiro sujo? Para “todos” os canalhas da Lava Jata vale e valeu. Afinal, quem envelhece sem pudor não sente tanto os látegos da eventual justiça ou das cuspidas na cara. Será mesmo? Tenho dúvidas. À medida que envelhecemos vamos nos aproximando celeremente da linha de chegada, a linha do nunca mais. E com certeza, poucas devem ser as preocupações que valham a pena na velhice. Muito melhor é a paz, é sentar-se a pessoa para tomar o chimarrão do fim de tarde e não precisar temer, desconfiar… Mas os velhos canalhas fizeram, pintaram e bordaram e agora, depois de presos, ganham a alforria dessa “justiça” que anda por aí. O meu consolo é que eles “todos” não dormem…
HINO
Lembro do meu tempo de narrador de futebol, cansei de gritar antes do início dos jogos para que os jogadores da Seleção Brasileira não cantassem o Hino Nacional. Ocorre que o jogo que virá a seguir provoca tensões, contrações musculares, uma enorme energia que será liberada no ato de cantar… Melhor é que os jogadores guardem essa tensão toda, não a liberem antes do jogo e a ponham para fora com a bola rolando. Vão entrar com mais fôlego e energia. Psicologia pura. Mas o pior de tudo são os jogadores que durante o Hino mascam chicletes. Pernas-de-pau.
OTIMISTAS
Psicólogos de todos os cantos afirmam que entre 30 e 40% do nosso otimismo é genético, vem dos túneis de nossas heranças… Ah, é? Então, vamos pôr toda a máquina a funcionar nos 60% restantes e que cabem a nós administrar. Temos a chave da porta do tesouro na mão, mas… Preferimos, mais das vezes, o cadeado fechado da estupidez do pessimismo…
FALTA DIZER
Garotão, garotona, não sejam burros. Entre ir de qualquer jeito para o trabalho ou faculdade ou arrumadinhos, ajeitados, aprumem-se. Serão admirados e invejados, ainda que não pareça. Sejam inteligentes.