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Luiz Carlos Prates – 07/02

Os fora da casinha

Fico muito irritado quando tenho que esperar anos e anos para que uma verdade seja admitida. Não, não me quero incensar, achar que sou isto ou aquilo, o que me irrita é a estupidez de muita gente, de gente que se alça a saber e poder. Exemplo? Empresários, administradores, “doutores” em RH e todos os que andam pelos corredores das empresas olhando funcionários por cima. Sem vê-los…

Faz tempo que prego em meus comentários, textos e palestras empresariais que as pessoas precisam, antes de tudo, serem avaliadas pela personalidade, pelo caráter, antes de serem contratadas para produzir lucros, bons resultados. Você pode contratar para sua empresa uma “sumidade” numa determinada área, todavia, se essa pessoa for indolente, inconfiável, dengosa, safada mesmo, de nada lhe vai adiantar a potencial competência dela. Prefiro no meu time um jogador mais limitado mas que vá para a bola dividida como um faminto vai para um prato de comida, aprendi isso cedo como narrador de futebol.

Ontem li em manchete que – “Personalidade supera técnica no trabalho”. Esclarecendo – as empresas estão cheias de bons técnicos “fora da casinha”, pessoas que para loucas nada lhes falta. Faz tempo que digo nas minhas palestras que “somos contratados pela competência e demitidos pelo comportamento”. Um competente que seja mais problemas que proficiência de nada me serve na minha empresa. Ele é antes de tudo um caso clínico de psicologia. Fora. Rua.

As empresas estão agora, 85% delas, pelo menos as grandes empresas em São Paulo, prestando mais atenção à personalidade do candidato à vaga na hora de contratá-lo. De nada adianta um bom técnico na empresa se ele vai criar mais problemas que soluções. É o que está acontecendo. Nunca foi tão alto o absenteísmo, o consumo de drogas, as brigas por nada, o desinteresse por proficiência, tudo, enfim, de que mais precisam as empresas. E elas acabam pagam o pato.

Nunca abri mão, prego rigor militar na hora de selecionar e contratar. Aliás, isso valeria (deve valer) para o casamento, mas aí, eu sei, ninguém mais iria casar… Bah, com o que anda por aí, e são os mesmos que querem emprego.

Qualidades socioemocionais são hoje indispensáveis para as contratações que visem ao bem-estar da empresa e sua produtividade. Chega de gente boa e “fora da casinha”, que vão se tratar ou trabalhar num hospício.

PIOR 
Sobre esse assunto aí de cima, o pior de tudo é que ninguém se coloca na condição de “fora da casinha”, isso não. Todos se acham certos, competentes, os outros é que são problemas… Os “cegos” não veem que vivem faltando por qualquer ventinho mais forte, que chegam mal-humorados ao trabalho, que reclamam em voz alta, que chiam pelo salário e não se dão conta de que valem menos do que recebem, os chatos, enfim, maioria escandalosa dentre de todas as empresas, não se enxergam. Triste ser vadio. 

30% 
Pesquisas de RH mundiais afirmam que em todas as empresas apenas 30% dos funcionários valem a pena e produzem para deixar a empresa viva. Os demais são figurantes, válidos como figurantes de novela, mas figurantes, pouco produzem. E por quê? Porque se acomodam, não querem, esperam apenas pelo salário do fim do mês. Na orquestra da vida, quem nos faz pianistas ou empurradores de piano somos nós. Certo, mandriões? 

FALTA DIZER 
Teste: você estuda alguma coisa do seu trabalho nos fins de semana, não costuma fechar as gavetas da mente nas tardes de sexta-feira para só reabri-las na segunda? Ah, parabéns, você tem presente e futuro. Mas nem vou dizer o que penso se a resposta foi não… 


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