Pais e mães pobres deviam chamar os filhos, bem cedo na vida, e dizer a eles, olho no olho: – “Filha, filho, vocês poderão ser o que quiser na vida, desde que… estudem muito, tenham ideias na cabeça, leiam jornais, assistam criticamente aos telejornais, enriqueçam, enfim, a cabeça; e depois tudo lhes será mais fácil. São poucos os que têm boa cabeça, com ideias e discernimento. As leituras lhes podem dar esse poder, ouviram bem”? Esse discurso se for feito bem cedo na vida das crianças vai produzir resultados, afinal, essas crianças estarão vivendo o “período de molde”, o período na vida que nos é decisivo para sermos mais tarde o que seremos… E quem nos plasma e alicerça as bases da futura personalidade são nossos pais, ou responsáveis, os mais velhos, enfim, que cercam a criança nos 5 ou, máximos, 6 primeiros anos de vida.
O que li dizia exatamente assim: – Pesquisa Unicamp – “70 milhões de brasileiros – cerca de 35% da população nacional – vivem em áreas sem a presença de um jornal ou de um site de notícias locais”. Santo Deus, quer dizer que todo esse povo vive no escuro? Vive. Mas vota… Muito se explica por esses números, essa pobre gente ouve um vagabundo oportunista – e mais que tudo populista – e é claro que vai dar a ele o voto decisivo… É por isso também que os canalhas não querem investir pesado em educação, claro, se explica…
Mas o que eu disse lá em cima é óbvio que vale para os adolescentes abobados que andam por aí, quase todos, ler, ter informações sérias e consistentes, pode mudar-lhes a vida, e esse tipo de qualificação pessoal confere boa cidadania à pessoa, e um bom cidadão, cidadã, não se deixa engabelar por um oportunista populista… Estou sendo claro ou preciso pedir ajuda aos universitários?
– Ah, e que as mulheres, muitas, maioria, acordem e cresçam, deixe de pensar que o casamento as vai salvar. Que estupidez pensar assim. Mas quem tem que dizer é a mãe e o pai.