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Luiz Carlos Prates – Fim de Semana

Ouvindo histórias

Os sensíveis têm razão, razão que se estende pelos séculos… Ouvir as pessoas é um caminho adequado para evitarmos erros e aprendermos lições, os sábios sempre disseram isso. Ouvir e aprender sem que se precise ir à lona, beijar o chão e só depois aprender… E as boas histórias ficam ainda melhores dependendo de quem as conta… O modo de contar é parte das boas histórias.

Ontem, ouvi um professor de inglês, o A.J.Hoge, contando de uma experiência que o fez mudar de vida. Vou resumi-la.

O professor contou que andava muito para baixo na vida, gordo, sem graça, sem fôlego para nada, andava mais cansado do que nunca, a vida estava um horror para ele. Nada o fazia reagir, até que… Um amigo o procurou com uma instigante proposta. Era um convite tão diferente que não houve meio de dizer não, contou o professor. A proposta era: – Daqui a um ano, exatos 12 meses, vamos fazer o Caminho de Santiago de Compostela!

O americano arregalou os olhos. Enfrentar os desafios de Compostela exigia fôlego, preparo, saúde, ânimo de escoteiro, uma nova vida, enfim. Mas não havia como rejeitar o pedido do amigo, aceitou e começou a se preparar.

A história toda do professor se resume às mudanças de vida por que ele passou para chegar pronto ao momento de partir para Santiago. Dietas, exercícios diários, treinamentos em áreas de difícil acesso, matas, rios, praias, subidas e descidas, de tudo um pouco para entrar em forma e partir em boas condições para vencer os desafios da jornada de Compostela.

Ao final da história, o professor conta que a jornada por Santiago de Compostela não teve nada de muito desafiador para ele, o que de fato lhe mudou a vida foi a decisão de aceitar o desafio e de preparar-se para ele. A preparação é que lhe mudou a vida. Essa, em suma, a história. Uma história que bem pode servir para nós.

Andamos travados, cansados, chateados, depressivos, e por quê? Porque nos faltam desafios, desafios que valham a pena, mudanças que nos agitem por dentro e por fora… Nossos projetos e ações não passam de ninharias que em nada nos mudam. Do que precisamos para acordar e viver? De um “murro” da vida ou de uma ideia louca.

Será?

Uma dessas tantas conselheiras que andam por aí nas tevês disse, dia destes, uma velha verdade, velha para alguns, dúvida para outros… Ela disse – “Cá para nós, não há amor que resista a problemas financeiros”. E tenho comigo uma reportagem de jornal de São Paulo que garante que – “Mais que sexo, finanças arruínam casamentos”. E agora? Você acredita em amor e cabana? Eu ainda acredito, mas… A maioria não. Sem dinheiro é um para lá, outro para cá… Dinheiro é afrodisíaco? unissex.

Ser

Chame os filhos para ler juntos… Pessoas fazem dietas, pintam o cabelo, retocam o rosto com cirurgias, trocam de carro, viajam, pintam e bordam para serem notadas e esquecem que há um método seguro e duradouro para ir mais longe na vida: ler. Livros fazem bem à mente, à saúde e mais que tudo à boa imagem pessoal. Os jovens pobres que descobrem esse mapa da mina podem chegar aonde bem entenderem na vida. Livros “empoderam”.

Falta dizer

Estava lendo sobre zen-budismo e encontrei isto: – “A essência da prática zen é não pensar em nada”. Concordo, sem pensar em nada não sofro, mas… também nunca poderei ser feliz. Não há felicidade sem consciência, sem pensamento… O segredo não é esse, o segredo é pensar bem, no que é bom.

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