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Luiz Carlos Prates – 04/10

Invejar é uma boa

Invejar é uma boa, ou não. Depende do tipo de inveja. Foi-me ensinado que a Inveja é pecado capital, daqueles brabos, daqueles que levam a pessoa ao Inferno. Baita baboseira, mas ensinavam isso às crianças. Vou entrar nesse assunto da inveja, mais uma vez, provocado por uma matéria publica no site de notícias UOL. A matéria trazia por título: – “Por que a gente tem tanta vergonha de sentir inveja”? Nem precisei ler a reportagem para responder à pergunta…

Antes de tudo, quem inveja sente-se menor diante da pessoa invejada, a tal história do – ele tem e eu não tenho… diachos! Ela pode e eu não posso, miserável! A inveja dá poder ao invejado e isso nos diminui… Não gostamos de nos sentir menores. Agora, tem uma coisa: a inveja – que segundo os Provérbios de Salomão – seca os ossos, também pode ser uma boa. É nesse lado bom da inveja que me quero fixar, não sem antes dizer que é muito estúpida a pessoa que faz o sinal da cruz para se livrar da inveja alheia. Ora, ser invejado é ser visto como admirado, e quem não quer ser admirado? Ademais, o poder mental da inveja alheia nunca me vai derrubar se eu me sentir bem, seguro, sem dar aos outros qualquer pode de eventual força mental ou maligna, é ser muito pequeno quem age assim.

De outro lado, sentir boa inveja de alguém, seguir-lhe os passos e tentar ser igual ou parecido, não raro, produz “milagres” de realizações humanas… Um dia invejei alguém, tomei-o como modelo, imitei-o da cabeça aos pés e fui crescendo, crescendo até chegar ao ponto de com a pessoa invejada me ombrear, até que… a ultrapassei. É assim que fazem os obstinados sobre algo invejado em outra pessoa.

A inveja só é pecado quando “secamos” os outros, querendo seu mal, fazemos figas e jogamos pragas, aí, sim, essa inveja nos seca os ossos. Seguir os bons exemplos, todavia, é a mais santa das invejas: se ele ou eles puderam, por que eu também não posso? Pronto, escancaramos a porta para o sucesso. De minha parte, rezo a vida toda pela pessoa que me inspirou, me sinto muito realizado pela inveja/imitação que um dia senti e segui. Que Deus o tenha, e minha eterna gratidão à imitação que lhe fiz e a tudo o que a partir daí consegui. Foi inveja? Não. Foi admiração. Mas admiração, não raro, se confunde com inveja, a que nunca será pecado capital…

Exemplos

Pais exemplares (nossos modelos eternos), professores de qualidade, colegas de trabalho habilidosos, políticos hirtos de virtudes e ações, ídolos populares “asseados” nos produzem admirações, “invejas” e, não raro, ímpetos de segui-los. Desses exemplos, a começar pelos de dentro de casa, é o de que mais precisam hoje as crianças e os adolescentes. Que pena que andam órfãos de exemplos vivos… E o pior de tudo, ser exemplo, dos bons, virou caretice. Tempos de hoje…

Orgias

Na Malhação, a novelinha que outrora era para jovens inocentes, num dos capítulos destes dias, a garota convida o namorado para ir à casa dela àquela noite porque os pais irão sair… E eles, os namorados, poderão ficar sozinhos… Santo Deus, e me dizem que isso hoje é natural… Sem falar na outra garota que até o fim da gravidez não sabia que namorado era pai do filho dela… Faltam rédeas.

Falta dizer

Num site de notícias, “Dez dicas para turbinar o cérebro”. Fui ler e perdi o tempo, nada de relevante e, pior, das dez dicas nenhuma falava em livros, leitura. Bela turbinagem, oca, sem conteúdos.

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