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Luiz Carlos Prates – 02/10

Bajular faz bem

Imagine a pessoa mais poderosa do mundo, homem ou mulher… Imaginou? Pois saiba, e você no fundo sabe, que essa pessoa, a mais poderosa do mundo, é como um bebê desmamado, vive com ansiedades, tem todos os medos imagináveis, não se garante diante do espelho da vida. Sem exceção, todos somos assim, todos.

– “Ah, mas o meu pai… ah, mas o meu irmão… ah, mas o Fulano, a Beltrana”… Tudo bebezinho desmamado diante do seio da vida. A consciência da finitude, a consciência de que não há poder diante da morte ou dos desafios que nos esperam nas curvas surpreendentes da existência, tudo nos faz tremer sobre os sapatos e é por isso que… o bajulador, o puxa-saco faz tanto sucesso nos ambientes de trabalho, sejam quais forem.

O quê? Tu estás dizendo que o puxa-saco, o bajulador, o “ensaboado” faz sucesso sendo assim? Isso mesmo, senhora, isso mesmo, senhor, o bajulador é um sucessos, sabes por quê?

Porque diante dos nossos medos na vida, diante das nossas inseguranças de toda sorte, o bajulador nos dá aquilo de que mais precisamos: poder, admiração, o bajulador nos faz sentir importantes, queridos, e isso significa “proteção”. E proteção é o de que mais precisamos na vida.

Os ricos sabem, não são bobos, que o dinheirão lhes dá poder, o poder da admiração alheia, e essa admiração se confunde com ser querido. A pessoa bajulada fica anestesiada, sente-se bem. E o bajulador sobe na escada, sobe sim. Todo bajulador está mais ou menos numa boa, ele sempre é lembrado, por quem lhe é de direito, e é sempre o último a ser mandado embora da empresa. Ser bajulador é uma boa, para o bajulador e para o bajulado. Ou por que você acha que ao longo dos tempos os bajuladores

estão, ou estiveram, sempre lá em cima? É porque os bajulados, subconscientemente, sabem-se uns nadas na vida…

Ah, e outra coisa: não raro, vê-se pessoas que já eram abonadas, ricas mesmo, mas que mesmo assim metem a mão no dinheiro dos outros, casos da Lava Jato, por que o fazem? Porque quanto mais dinheiro no banco, mais admirações populares e de amigos, e admirações geram o poder da proteção alheia. Bebês desmamados dão tudo por um colo, um colo amigo do “amor”, ainda que falso.

Somos uns desamparados da vida, ou você me vai dizer que não gosta de um elogio? O elogio bem que pode ser “apenas” uma bajulação, não importa, ela faz-nos bem…

Aviso

Ouça esta, notícia tão velha quanto Adão no paraíso: – “Drogas para controlar insônia e ansiedade elevam risco de morte”. Faz anos que digo isso nas minhas palestras, os ansiolíticos e, sobretudo, os soníferos costumam levar pessoas ao óbito por moléstias que não as matariam. Soníferos não produzem sono, “anestesiam”, não diferem de uma anestesia cirúrgica… Mas, cada louco com sua mania e crenças. O aviso, todavia, está, mais uma vez, dado. Ah, quem diz isso? Cientistas da Universidade de Laval, Canadá.

Festas

Quem não pode não deve fazê-las. Falo de festas. Dia destes, ouvi uma colega convidando outros colegas para uma festinha na casa dela, cada convidado tinha que levar a bebida… – Ah, querida, não podes, não faças festas. Sim, entendo, és jornalista, tudo bem, dinheiro curtíssimo, mas mesmo assim, sem essa de

alguém fazer festinha e tenho que levar minha bebida ou comida. Fico em casa. Pobretões.

Falta dizer

Quem quiser elogios verdadeiros, vista-se com prudência e bom gosto, fale de modo asseado e positivo e valorize-se pelas qualificações no trabalho. É tiro e queda. Elogios e invejas, na certa.

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