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Luiz Carlos Prates – 25/09

Como se chega lá?

Diante de algumas coisas na vida não adianta lutar. De minha parte teimo em andar na contramão de certos costumes ou das falsas ciências. A Psicologia, por exemplo, nunca foi ciência, tolos, para se valorizar, querem fazê-la de ciência. Psicologia é filosofia, tudo pode ser e pode não ser, depende do ponto de vista. Um sujeito pode estar caindo de tão gripado e achar que não está gripado, e não estará, afinal, as coisas só existem se nós as admitirmos. Pode parecer loucura, mas não é.

Dia destes, fui a uma banca de jornais no centro de Florianópolis, fui comprar meus jornais do dia. Compro cinco jornais diariamente. E não vejo méritos nisso, o que vejo é necessidade cidadã, profissional e uma curiosidade inerente ao ser humano que se acostumou a algo de bom: ler jornais.

Cheguei à banca e minhas retinas se grudaram à capa da revista Superinteressante. Na capa da revista a manchete da minha tentação: Como Construir a Sua Felicidade. Claro, levei a revista, ora bolas, quero ser feliz. Feliz em linha reta. Sublime ilusão.

Fiz Psicologia na PUC/RS, já contei isso, mas em nenhum momento do curso alguém falou sobre Felicidade, a emoção e o motivo que nos fez sair do ventre materno. Ou será que alguém saiu daquele “paraíso” materno para sofrer aqui do lado de fora? O artigo, mais um, me frustrou. E por uma básica razão: desde Adão e Eva que o ser humano corre atrás dos ventos da Felicidade, e dá com os burros n’água. Felicidade são escassíssimos momentos na vida, átimos, não mais. O resto é inquietação, e o mais você está cansado de saber. Em resumo, o artigo dizia que somos os nossos pensamentos. Que é importante ter amigos, mais ainda na velhice. Que não é bom estar só. E que paz é a cerejinha do bolo. Diachos, tudo se resume em paz de espírito. Agora me diga, como se chega à paz de espírito? Antes de tudo, é claro, não tendo “dívidas” no cartório moral da vida e, sobretudo, fazendo limpezas regulares nas memórias. As memórias nos puxam muito mais para a infelicidade que para a felicidade. São nossas memórias ruins e nossos medos projetados que nos tiram do sério e nos levam ao perau da infelicidade. Nada de novo. Desde Adão e Eva, nada, nadinha. Ser feliz é muito fácil, desde, é claro, que não tenhamos cabeça. Uma mula sem cabeça deve ser feliz.

PECADO

Um dia me ensinaram, de modo bandido e aterrador, que em razão do “pecado original”, teria que comer o meu pão, por velho que seja, com o suor do meu rosto. Credo, que mau-caráter quem me deu esse castigo por algo que não fiz, que inferno! Na verdade, o grande “castigo” humano é a consciência. Tudo nos incomoda. Já os bichos são regidos pelo instinto, um programa único para todos, não pensam no ontem e não se assustam com o amanhã, são felizes. Já os “pecadores” humanos ardem no inferno “todos os dias”, pensando…

MEDITAÇÃO

Muitos levam tempo para descobrir o grande segredo da Meditação: o esvaziar a mente, o não pensar. Quem não pensa não sofre, mas não vive. E não adianta biquinho, vida envolve pensamento. O diacho é que os nossos pensamentos, por maioria, não valem uma vela apagada. Às vezes, tento meditar, mas o pensamento não me deixa e repete: burro, burro, burro…

FALTA DIZER

Por que as crianças são mais felizes que os adultos? Por que elas têm pouco passado, poucas memórias ruins. Vivem mais o aqui e agora. Sábias, pobrezinhas. Por pouco tempo…

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