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Luiz Carlos Prates – 04/09

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Você não está só

Nenhum de nós está só. E quando digo estar só, estou falando da singularidade ou não dos problemas por que passamos. Aquela frase idiota do – “Por que, Santo Deus, isso só acontece comigo”?, é uma frase estúpida. E quando falo do estar só quero dizer estar só num sofrimento qualquer, especialmente os de ordem emocional… Aliás, você conhece algum outro sofrimento que não seja emocional? Todo os são. E nem é preciso dizer que sem consciência não há dor, tanto a dor física quanto a emocional, nossas dores vêm do pensamento.  Encurtando a prosa, só sofremos na cabeça.

É uma tolice imaginarmos o “andar para a frente”, ninguém anda para a frente – tudo o que é já foi, e tudo o que foi será – vale dizer, andamos em círculo e o círculo é o infinito, ninguém escapa do “círculo”…

Acabei de ler uma história vivida por uma americana, a Louise… lá por meados da década de 70, século passado, e o que é o século passado dentro do círculo da eternidade?…

Essa Louise era uma dona de casa, quer dizer, ela era uma… Não vou dizer, não quero magoar minhas amigas. Louise cuidava da casa, dos filhos e, mais que tudo, do filho mais velho, o marido… Louise tinha 44 anos quando o “filho” mais velho saiu batendo a porta, saturou-se do casamento, deixou-a (a otária) a ver navios na calçada do desespero…

Louise teve que dar um jeito na vida, tinha algum estudo, boas potencialidades para alguns trabalhos e não tinha saída, ou lutava pela vida ou iria para debaixo da ponte. E debaixo da ponte há poucos lugares, muitos são os que a procuram…

O que me traz a esta conversa é que Louise entrou num processo de estresse que quase a matou; estresse, você sabe, é uma reação ao que percebemos, não é o fato em si que nos derruba, mas a percepção, o modo de reagir a ele.

Explicando-se diante das amigas, Louise disse que – “Mas como não ficar estressada com esse dilúvio de notícias ruins, sangrentas, desencorajantes? Como não ficar estressada com tantos ruídos, trânsito, as multidões, os corações despedaçados, a falta de emprego, tudo…”.

Você notou, leitora, Louise estava se queixando do mesmo que nos queixamos hoje, do mesmo. A vida sempre foi a mesma. Mudam locais, nomes, endereços, mas não muda a vida de todos os dias, que não é uma linha reta para um futuro, mas um círculo eterno de repetições… Quando pensamos que estamos sós com nossos problemas, esquecemos que “lá fora” há multidões iguais a nós. É consolo? Não para mim.

 

Felicidade

O estresse na dose certa e nos momentos adequados é “remédio”, faz-nos bem. Todavia, no cotidiano, abusamos na dosagem e nesse caso o estresse mata mais cedo. Como evitá-lo nas doses erradas? Mudando os valores na vida, o modo de agir e reagir, não há outra saída, mas… Essa mudança é o “remédio” mais difícil de ser tomado, teimamos obstinadamente nas nossas burrices.

 

Cuidado

Cuidado, se você ganha pouco não se vá entusiasmar, vem aí o salário mínimo para 2018… E o Governo já anunciou que vai abrir o bolso, o aumento será de – presumíveis – 32 reais. Cuidado, não se entusiasme na gastança. Mas se tiveres que achar um culpado, recue 14 anos no calendário. Ferro e fogo…

 

Falta dizer

Alguma música relaxante todos os dias, relaxante, eu disse… Um bom livro, alguns minutos de “não pensar em nada” e um cuidado com os pensamentos, que atiçam palavras ruins, e aí estará uma vida bem melhor. Fácil? Pois quero ver…

 

 

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