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Cromossomos do amor: pai compartilha as dificuldades e alegrias do filho com Síndrome de Down

A jornada de Gerold e Silvio Tiedt em uma trajetória marcada por aprendizados

Nesta sexta-feira, dia 21, é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma condição genética gerada pela presença de uma cópia extra do cromossomo 21. A síndrome pode afetar diferentes áreas, como o desenvolvimento físico, mental e intelectual, que podem ser mais lentos do que o de outras pessoas.

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Conquista: maior alegria de Gerold é ver Silvio fazendo amigos e aprendendo novos hobbies. Foto: Daiane de Ramos/Testo Notícias

O morador de Pomerode, Gerold Tiedt, vive com seu filho, Silvio Sérgio Tiedt, de 48 anos, que tem Síndrome de Down. “Quando descobrimos que ele tinha essa condição foi um choque. Nós não éramos acostumados a ouvir sobre casos da síndrome. Até tentamos reverter, mas não foi possível”, conta o pai.

Gerold revela que a condição genética acabou afetando Silvio na área da comunicação, que é travada, e da agilidade, que é muita lenta.

Além disso, o filho também enfrenta dificuldades com o reconhecimento de números. “Ele não conhece o dinheiro, horas e não consegue diferenciar cores. Quando alguém pergunta algo sobre essas coisas, meu filho se confunde”.

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Outro desafio que os dois enfrentaram foi a perda da mãe do Silvio, que ficou marcado em suas memórias e acabou mudando o ritmo de vida do filho.

Porém, em meio as dificuldades, Gerold presencia muitas felicidades e conquistas do filho. “A minha maior alegria é ver que hoje ele pode frequentar a Apae e fazer amigos. Silvio também aprendeu novos hobbies, como dança e brincadeiras”, destaca.

Além da Apae, outro lugar que Silvio frequenta é a igreja. “Ele gosta muito de ir, participar e rezar do jeitinho dele, mesmo que não seja do mesmo modo como de outras pessoas”.

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência

Em 2015, foi instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, Lei nº 13.146. Ela é destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

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Infância: quando criança, Silvio passou por desafios relacionados à inclusão social. Foto: arquivo pessoal

Contudo, durante a infância de Silvio, ainda não existia essa lei e a Síndrome de Down ainda não era tão conhecida como é atualmente. Com isso, ele acabou passando por certos desafios relacionado à inclusão social. “Quando meu filho tinha sete anos, nós tentamos o colocar em uma instituição de ensino, mas ele não conseguiu continuar a frequentar”, comenta Gerold.

Além disso, a família residia no interior o que acabou dificultando ainda mais a inclusão social de Sílvio. “Nós morávamos longe dos recursos que ele precisava, então isso acabou impedindo que ele frequentasse alguns lugares”.

Contudo, Gerold revela que muitas coisas mudaram daquela época para hoje em dia. Atualmente, o filho desfruta dos atendimentos da Apae há mais de 20 anos, onde adquiriu muitos conhecimentos e uma boa educação.

Entenda o que é a Síndrome de Down

Em cada célula de uma pessoa existe um total de 46 cromossomos, divididos em 23 pares. A Síndrome de Down é gerada pela presença de uma cópia extra do cromossomo 21 em todas as células do organismo, que ocorre no momento da concepção de uma criança.

As pessoas com essa condição, têm 47 cromossomos em suas células ao invés de 46, como a maior parte da população.

Entre as características físicas associadas à Síndrome de Down estão: olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças e hipotonia muscular.

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