O PSDB adiou a decisão de uma possível fusão do partido, que estava programada para março deste ano. Durante visita ao Testo Notícias, o presidente do PSDB em Pomerode e secretário-geral do partido em Santa Catarina, Gilmar Knaesel, falou sobre as tratativas que ocorrem nacionalmente para a união com outras legendas. “Um dos assuntos do momento, é essa questão política, da possível fusão partidária. O partido acredita que seja algo que se tornou uma necessidade, após o desempenho aquém do esperado nas últimas eleições nacionais e estaduais.”
Segundo Knaesel, a estratégia da fusão tem como objetivo fortalecer o centro político. “Praticamente 70%, 60% dos prefeitos no Brasil estão dentro do que chamamos de Centro. Por isso, percebemos que algo precisa ser feito.”
O principal desafio para Knaesel são questões internas do partido, como as bandeiras defendidas pelo PSDB. “Esse é o grande ponto: a história do PSDB não pode ser jogada no lixo em uma fusão que pode ocasionar no desaparecimento de nomes tradicionais da política brasileira”, ponderou.
Por isso, ainda está em discussão a identidade do novo partido que surgirá a partir da fusão. “Vai ser um nome novo, com um número novo? Mas permanecer com o número e mudar apenas o nome é uma possibilidade, como o PP já fez anteriormente.”
No cenário nacional, várias conversas já haviam sido feitas com o MDB e PSD. “Porém, o partido decidiu encerrar as negociações com as duas siglas devido à resistência de se distanciarem da gestão do governo do PT. Em contrapartida, as negociações com o Podemos, Solidariedade e o Republicano (PR) serão intensificadas.”
Em Santa Catarina, o PSDB iniciou o diálogo com suas lideranças municipais, incluindo prefeitos e vereadores, para buscar unidade antes da decisão nacional em março. “Temos quase 180 vereadores eleitos no Estado e é crucial ouvi-los, pois cada região tem suas particularidades. Mas não há uma tendência definida ainda, precisamos ouvir e analisar mais.”
Knaesel também comentou sobre as relações estaduais, as articulações para o posicionamento do PSDB no futuro próximo e a preparação para as eleições do próximo ano. “Trabalhamos para ter mais participação no próximo governo estadual, já a nível nacional, queremos ter um candidato a presidente da República dentro de um projeto conjunto.”