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Emocionante: Bombeiros de Pomerode falam sobre experiências vivenciadas no RS

Dener, Jeferson, Lucas e Paulo retornaram para a cidade na segunda-feira, dia 13

Neste mês de maio, as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul causaram enchentes e deixaram mais de 100 mortos e 80 mil desabrigados.

Diante da situação, a Associação de Bombeiros Voluntários de Santa Catarina enviou equipes e viaturas para auxiliar o estado vizinho. A corporação de Pomerode também se juntou aos esforços e enviou quatro bombeiros para ajudar os gaúchos.

Dener Jean Koepp, de 24 anos, Jeferson Lopes de Castro, de 39 anos, Lucas Loures Alichandre, de 32 anos, e Paulo Ricardo Duarte, de 32 anos, deixaram suas rotinas para trás e foram em direção ao RS, juntamente com corporações de bombeiros voluntários de outras cidades de Santa Catarina.

A equipe se deslocou para o estado vizinho no domingo, dia 05, e retornou para Pomerode na segunda-feira, dia 13. Durante a operação, atuaram nas cidades de Três Coroas e Eldorado do Sul.

Foto: Eduardo Griza

Memórias que trazem no coração

Dener comenta que a experiência mais marcante vivida no RS consiste no dia em que foi com a equipe médica realizar atendimentos em um abrigo com aproximadamente 150 pessoas. “Fizemos os atendimentos e, quando finalizamos, o responsável do local nos passou uma mensagem de agradecimento. Em seguida, fizemos uma oração em conjunto e todos organizaram uma fila para abraçar cada um de nós da equipe. Vou levar isso para o resto da minha vida”, revela.

Esta foi a primeira vez que Dener atuou em uma missão pelos Bombeiros Voluntários. “Para mim, isso representou o verdadeiro espírito de solidariedade e serviço à comunidade. É uma oportunidade de fazer a diferença e de contribuir para aliviar o sofrimento das pessoas que foram afetadas pelas enchentes.”

Jeferson lembra dos primeiros dias atuando no estado gaúcho. “Fiquei de prontidão com dois médicos para atendimento em áreas de difícil acesso, usando nossa ambulância 4×4. No dia seguinte, fui para o aeroclube em Eldorado do Sul. Lá, eu recebia e fazia armazenamento dos suprimentos, além de distribuir conforme a demanda.”

O bombeiro acrescenta que aquilo que mais lhe marcou foi ouvir dos gaúchos que eles eram os verdadeiros heróis. “Estou fazendo 10 anos na corporação e sim, essa foi a missão da minha vida”, conta.

Já Lucas destaca que leva na memória o momento em que conseguiu ajudar uma família a ter contato novamente. “Eu fui visitar um abrigo e conheci um casal que estava com o filho naquele local. Eles me contaram que não conseguiam entrar em contato com a família que morava em outra cidade, então me entregaram um bilhete com um número e pediram se eu poderia tentar.”

Operação: Equipe se deslocou para o estado gaúcho no domingo, dia 05. Foto: Divulgação/CBVP

O bombeiro conta que retornou para a base da equipe e logo ligou para o contato. “Nas primeiras vezes, não fui atendido. Mas depois alguém atendeu e eu passei o recado do casal e do filho. Foi muito emocionante, depois voltei para o abrigo e fiz um vídeo mostrando que todos estavam bem.”

Paulo se emociona ao falar do momento em que conversou com uma criança ao atender uma comunidade paroquial. “A menina devia ter três ou quatro anos. Ela chegou para mim e disse que eu era muito parecido com o pai dela. Neste momento, eu pedi onde estava seu pai para ver se realmente era igual a mim. Porém, ela falou: ‘o meu pai foi levado pela chuva’. Aquilo quebrou o meu coração”, comenta.

Pensando no que poderia fazer para consolar a criança, Paulo pegou uma luva do colete, assoprou, fez um balão e a entregou juntamente com uma seringa para que ela pudesse brincar. “Ela corria com aquilo de um lado para o outro, estava feliz como se nada tivesse acontecido e virou uma médica com os objetos.”

Além das experiências emocionantes, os bombeiros frisam que foi uma honra ajudar o Rio Grande do Sul neste momento tão difícil. Para eles, a operação foi um aprendizado e uma oportunidade de se desenvolverem não só como profissionais, mas também como seres humanos.

A equipe revela que conseguiu realmente fazer a diferença no estado gaúcho e agora volta para Pomerode com outra perspectiva sobre a vida, com mais empatia, amor ao próximo e vontade de ajudar a quem precisa.

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