Nascido no bairro Testo Alto, em Pomerode, foi nessa localidade que cresceu e onde vive até hoje. Waldir Schwarz, de 59 anos, começou a trabalhar desde cedo, com 14 anos. Trabalhou por 23 anos na Porcelana Schmidt e quase 14 anos na Netzsch do Brasil até se aposentar.
Desde pequeno, sempre gostou de trabalhar na roça, ofício herdado dos pais. “Nós tínhamos cavalos, eu adorava brincar com eles, mas depois deixaram de ter. Quando eu assumi a residência, aí eu comecei lidar com o boi para buscar o trato no morro e, posteriormente, voltei com os cavalos”, lembra.
Todo o ofício era feito no período após sair do trabalho. “Era meio dia na firma e outro período na roça trabalhando. Era cansativo, uma luta diária, não foi fácil, mas deu tudo certo.” Atualmente, já aposentado, dedica seu dia aos trabalhos da propriedade e, aos fins de semana, atua como garçom em aniversários, casamentos e bailes em geral.
Por todos os anos morando na localidade, Waldir já era por si só uma pessoa conhecida. No entanto, após ser chamado para participar de um vídeo em um canal de entretenimento no Instagram, a “fama” chegou com ainda mais força.
Nas gravações, ele admite “inventar” boa parte das histórias, mas o que chama mesmo a atenção é a humildade, alegria e humor que contagiaram os internautas.
Imitando um uber, Waldir usa da carroça puxada por dois cavalos para fingir ser um motorista do interior. “As gravações foram bem legais, conversamos sobre como seria, aí eu cheguei ali e foi indo. A carroça e os cavalos são meus, estou ficando famoso agora”, conta.

Sobre o resultado da novidade, ele admite que não imaginava ter tanto sucesso. “Fiquei surpreso com tudo isso. Comecei a conhecer novas pessoas. Sempre estou fazendo brincadeiras, contando umas ‘mentiras’. Nas firmas, eu era o cara divertido e que animava a galera. Onde eu vou, tenho amigos e converso bastante.”
Com a esposa, Waldir teve três filhos, mas revela que essa “espontaneidade” não parece ter passado para eles. “Tomara que o caçula fique assim, ele tem 14 anos, aí ainda dá pra ensinar uma coisa ou outra”, brinca.
Como não utiliza a carroça e cavalos para ser o “uber do interior”, ele explica um dos intuitos em manter o veículo. “Participo de algumas cavalgadas, um vai chamando o outro e saímos por aí sem destino. Também tenho uns amigos lá em Massaranduba, Jaraguá do Sul, aí combinamos um encontro, às vezes ficamos de sábado para domingo, deixamos os cavalos no parque, tudo tranquilo.”
Waldir pode não ser o profissional citado nas gravações, mas com certeza toda a essência como ser humano é a mesma demonstrada nas redes sociais. “Vamos ver quais serão os próximos vídeos, sempre me divirto muito.”