Ouvi esta frase na última semana e acredito que ela tenha resumido de forma exemplar o meu ponto de vista sobre as relações interpessoais e redes sociais. Nesse mundo globalizado e medido em likes, é fácil pensar em compartilhar pensamentos, alegrias e frustrações na tentativa de encontrarmos outras pessoas que passam pela mesma situação ou vivenciam o mesmo sentimento.
No entanto, é precioso tomar cuidado ao expor nossas vulnerabilidades. Boa parte das pessoas compõem uma plateia ávida pela oportunidade de criticar tudo que encontra pela frente. Na tentativa de descarregar as próprias frustações.
As decisões precisam ser tomadas tendo em base o que é melhor para você e aqueles que te cercam, não naquilo que o outro acha que deve ser. Afinal, ninguém luta sua batalha por você, seja ela qual for. Buscar apoio é inerente à condição humana. Mas a regra continua sendo a mesma de quando as mensagens eram enviadas através de pombo-correio: observe quem são seus amigos, quem está realmente disposto a oferecer uma mão amiga, e não apenas dedos e línguas afiadas para o julgamento.
Se você está muito bem resolvido com algo e deseja compartilhar, então compartilhe… Seja de forma presencial ou on-line. Agora, se o momento é de incerteza ou fragilidade, tome cuidado. Selecione de forma cuidadosa os ouvidos que te ouvem, os olhos que te veem e os braços que te acolhem. Caso contrário, o resultado pode ser uma mar de angústia e a sensação de solidão, mesmo em meio a centenas de likes.
