O cartão de crédito/débito é uma das ferramentas mais utilizadas para pagamentos. Justamente por isso, acaba despertando a atenção de muitas pessoas mal intencionadas, que buscam aplicar golpes. Por isso, todo cuidado é pouco.
Para explicar quais são os principais golpes registrados, o Testo Notícias conversou com a gerente do Procon de Pomerode (que é vinculado a Procuradoria-Geral do Município, gerida pelo Procurador-Geral Dr. Luciano Debarba), Maiara Francini de Araújo Schuhart.
Antes de explicar cada um deles, fez um alerta que serve como proteção em todas as situações. “Confira o extrato da sua conta bancária e a fatura do cartão de crédito semanalmente, se possível, ou mensalmente.
Muitos aplicativos oferecem essa possibilidade, mas, quando a pessoa não tem acesso a eles, pode ir até o banco e pedir pela fatura ou retirar um extrato. Ao perceber qualquer inconstância, o consumidor deve procurar imediatamente a sua agência bancária de forma física ou via central de atendimento e abrir protocolo de contestação, e caso não seja resolvido, pode procurar o Procon”, orienta.
Golpes
-Máquina com o visor quebrado: o golpista faz uma entrega ou vende um produto e oferece a possibilidade de pagamento no cartão. No entanto, na hora de efetuar o pagamento apresenta uma maquininha com o visor quebrado e não imprime o comprovante. Ocorre que, quando o consumidor vai verificar a fatura ou a conta, se depara com um valor muito acima daquele pago pelo produto,ou até absurdo.
“Nunca aceite maquininhas com o visor quebrado, confira o valor na tela, não aceite passar o cartão mais de uma vez sem motivo justificado. Solicite sempre a sua via do cupom de pagamento”, esclarece Maiara.
Outro alerta é para as compras efetuadas fora de estabelecimentos tradicionais, que costumam ser mais seguros. No caso de uma compra feita na rua, por exemplo, é melhor que o consumidor pague em dinheiro ou faça um Pix, assim, diminuirá a possibilidade de fraude.
-Falha no pagamento por aproximação: o golpista oferece a opção de pagamento no cartão e induz o consumidor a fazer a compra desse modo. Na sequência, informa que a compra não foi aprovada e que será necessário passar o cartão novamente, solicitando que, dessa vez, o consumidor insira o cartão na maquininha e digite a senha. A
pós esse procedimento, o golpe acontece de duas formas, ou o golpista passa duas vezes a mesma compra, ou usa um sistema de clonagem do cartão que faz a retenção dos dados, senha de segurança e senha de compras, dos quais faz uso para efetuar compras de produtos e serviços.
“Nunca utilize seu cartão mais de uma vez em maquininhas de pessoas que você não conhece, se for dentro de estabelecimentos comerciais, confira imediatamente sua conta e a previsão de fatura do seu cartão”, alerta.
-Fraude no sistema de aproximação: o golpista utiliza um aplicativo que simula uma maquininha de cartão e procura consumidores que tenham a compra por aproximação habilitada em seus cartões. Ele utiliza algum pretexto ou simplesmente se aproxima do consumidor e, enquanto este está distraído, gera uma série de compras utilizando o cartão físico do consumidor através do sistema de aproximação.
Maiara destaca que a opção de pagamento por aproximação é uma facilidade, uma tecnologia bem-vinda, mas é preciso cautela. “Se possível, habilite e desabilite a função. Alguns cartões permitem que esse processo seja feito pelo aplicativo, ou criam o modo rua, que protege o cartão enquanto você estiver passeando”, ressalta.
Se o consumidor tiver dúvidas ou desconfiar de alguma fraude ou golpe, deve procurar pelo seu banco, registrar boletim de ocorrência, e em caso de não resolução da situação, deve procurar o Procon de sua cidade.