Clínicas de estética estão ganhando cada vez mais força no mercado. São diversos procedimentos que podem corrigir detalhes que te incomodam ou mesmo que aumentarão sua autoestima. No entanto, cabe ao paciente estar ciente das consequências que essa mudança pode trazer para sua vida caso não realize o procedimento com profissionais capacitados.
A cirurgiã dentista especialista em Harmonização Orofacial, Endodondia, Ortodontia, Saúde Integrativa e pacientes com necessidades especiais, Claudia de Almeida Pansica Innocencio, de 52 anos, e a cirurgiã dentista e pós-graduanda em Harmonização Orofacial, Giovanna Pansica Innocencio, de 26 anos, destacam a importância de se estar atendo aos profissionais que realizaram os procedimentos estéticos.
De acordo com elas, a falta de capacitação pode aumentar os riscos de intercorrências, mesmo em procedimentos que não são invasivos. “Independentemente de qualquer coisa, é importante sempre colocar a saúde do paciente em primeiro lugar. Ter o conhecimento é muito importante para saber como agir caso algo saia do previsto, sempre com foco na segurança e saúde do paciente”, pontuam.
Além disso, Claudia e Giovanna explicam que, mesmo que o profissional utilize do melhor produto/ marca ou a tecnologia mais avançada, ele terá dificuldades em alcançar sucesso na execução caso não se capacite da forma correta.
Por isso, elas deixam algumas orientações para os pacientes caso optem por fazer um procedimento estético. “O papel do paciente também é fundamental para garantir sua segurança. Eles precisam procurar ficar atentos e saber se o profissional que executará os procedimentos é capacitado e apto para isso, se o produto que utilizarão são certificados e registrados pela Anvisa e se são de boa qualidade, saber sobre as contraindicações e orientações antes e depois do procedimento.”
Atuação do cirurgião-dentista em procedimentos estéticos
Segundo Claudia e Giovanna, o cirurgião dentista é capacitado para atuar em diferentes frentes da Odontologia, desde a prevenção, estética facial até o diagnóstico e o tratamento de doenças bucais. “Apesar da dúvida ainda ser comum entre pacientes, desde 2019 a Harmonização Orofacial é reconhecida como especialidade odontológica através da Resolução-CFO-198/2019. Antes disso, era permitido o uso de toxina botulínica e preenchedores faciais com finalidade estética facial”, contam.
A partir da resolução, esses profissionais tem permissão para fazer aplicação de toxina botulínica, procedimentos com preenchedores faciais, agregados leucoplaquetários autólogos (como PRP, I-PRF e Alb-PRF/plasmagel), intradermoterapia, bioestimuladores de colágeno, fios faciais, lipoplastia facial (como a bichectomia, lipo de papada cirúrgica e química e liplifting), procedimentos biofotônicos e laserterapia.
Mesmo assim, o cuidado com o paciente é colocado acima de tudo. Nas consultas de avaliação, Claudia e Giovanna avaliam que é o momento ideal para entender quais são as necessidades de cada pessoa e, com isso, oferecer o plano de tratamento mais adequado para cada caso. “Analisamos também o histórico de saúde, realizamos exame físico para avaliar a pele e determinamos qual procedimento é indicado ou não. O paciente que busca realizar um procedimento de harmonização orofacial está procurando melhorar sua autoestima. Por isso, é importante saber ouvi-lo, explicar quais são os limites e riscos do procedimento e esclarecer todas as dúvidas”, ponderam.
