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Um médico de gerações

Dr John, em Pomerode há 37 anos, já cuidou de centenas de crianças na cidade

O médico é um sábio conhecedor de cada parte do corpo humano, sabendo o que devemos fazer quando algo não vai bem em nosso organismo. É ele quem valia as causas das doenças humanas, buscando sua prevenção e cura.
A data 18 de outubro foi escolhida em homenagem a São Lucas, padroeiro da medicina e consta como dia do santo pela tradição litúrgica.
São Lucas exercia a profissão de médico e também tinha vocação pela pintura. Escreveu o terceiro evangelho e o “ato dos apóstolos” da Bíblia Sagrada. 
A medicina é a ciência que investiga a natureza e a origem das doenças do homem de modo a preveni-las, controlá-las e curá-las, preservando assim a saúde das pessoas. A palavra deriva do verbo latino “mederi” que significa curar e tratar.
A ciência surge de forma experimental, como resultado de experiências com técnicas ainda rudimentares (como tomar banho frio para baixar a febre, por exemplo). Desenhos rupestres mostram que na pré-história o homem já reconhecia algumas doenças e o efeito terapêutico de plantas curativas, além do calor, frio e luz solar.
Somente no final do século é que se inicia a medicina moderna com o estudo da anatomia humana. Em 1543, o médico André Vesálio publica “A organização do corpo humano” com descrições e detalhes do corpo humano, representando um grande avanço na medicina ainda incipiente. Para conceber a obra, André usou a técnica de dissecação de cadáveres, tendo sido, por isso, condenado à morte pela Inquisição.
John Marcos Kielwagen é pediatra em Pomerode há 37 anos. “Dr. John”, como é chamado pelas famílias e pelos mini-pacientes, foi e é responsável pela saúde de centenas de crianças. 
Ele conta que a medicina foi um sonho de criança e que desde os dez anos sonhava com essa profissão. Até chegar na área pediátrica, Dr. John teve a oportunidade de ter experiências em diversos setores da medicina. Ele relembra que no sexto ano de faculdade, naquela época, era possível estagiar em hospitais fora de Florianópolis; cidade onde estudou. “Com essa oportunidade, fui para o Hospital Santa Isabel, onde aprendeu muito sobre medicina, na prática. A pediatria foi um encantamento que veio de repente. Eu acompanhava diversos setores e depois de ver muito sofrimento, houve pelas crianças um encanto especial. Pois cada vez que nasce uma criança, nasce uma nos esperança, uma nova vida para o mundo. Nunca o futuro foi tão celebrado quanto o momento em que nasce uma criança”.
Além de cuidar da saúde do corpo, muitas vezes o médico tem o papel de cuidar, também, da saúde da mente. “Temos que ser um pouco psicólogos, um pouco de ombro amigo. Precisamos nos dedicar a resolver cada caso. Com a saúde temos que nos envolver integralmente e com isso também criamos vínculos e envolvimentos com a família da criança. Pois tocando com carinho uma criança, no presente, estaremos tocando também o seu futuro”, comenta.
Por causa dessa dedicação de corpo, alma e coração aos pacientes, Dr. John relembra, que 30 dias de férias eram apenas enquanto estudante, até o colegial; depois disso, já na faculdade, em função dos estágios, e mesmo na carreira profissional, o máximo que conseguiu descansar foi três semanas.
Dr. John tinha, até pouco tempo atrás, um ritmo frenético de trabalho: era médico do SUS, do município, era plantonista da maternidade e ainda tinha seus atendimentos no consultório médico. Por causa de um problema no coração, esse ritmo acelerado de trabalho precisou diminuir em grande escala. “Meus médicos e minha família ainda falam para eu parar de trabalhar, que eu não preciso mais e que devo me dedicar à minha saúde. Mas eu amo tanto o que faço, que não consigo parar. Por isso optei por diminuir o ritmo, mas continuar atendendo no consultório. Muitas vezes me perguntam quando vou parar de trabalhar. A resposta: não sei”.
Muitas vezes o pediatra recebe no consultório famílias em que eu já cuidou do pai ou da mãe, e até dos dois. “Eu muitas vezes não reconheço as pessoas, principalmente os meninos que mudam muito os traços. Então eles mesmos me relembram que foram meus pacientes. E outras vezes eu olho na ficha de atendimento da criança, vejo quem são os pais e já lembro da época em que eles eram pequenos. É muito gratificante e um sinal de que meu trabalho está sendo cumprido”.

 

 

De geração em geração

Tatiana Modrow e a filha Jennifer são exemplo de que Dr. John é um médico que cuida de várias gerações em uma família. Mãe e filha tiveram ele como pediatra. Tatiana conta que foi uma das primeiras pacientes do médico, assim que ele veio trabalhar como pediatra em Pomerode. Isso foi em 1984, mais ou menos, quando Tatiana tinha uns seis anos.
“Eu fui paciente do Dr. John desde o começo da carreira dele como médico em Pomerode e minha mãe sempre confiou muito nele. E essa confiança eu também acabei adquirindo. Então, quando engravidei, não pensei em outro nome. Eu tive algumas complicações durante o parto e se não fosse a rapidez e o conhecimento dele,  poderia ter acontecido algo grave tanto comigo, como com minha filha. Para mim, ele é um excelente médico e não o troco por nada. Sou verdadeiramente grata por tudo. E esse mesmo carinho a Jennifer também já  tem pelo Dr. John. Um relacionamento construído e fortalecido a cada geração da nossa família”.

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