O médico-veterinário, Eduardo Luiz Bortoncello, explica quais precauções os tutores devem ter durante o Verão
Por Redação TN
Cuidados com o pet no período de calor.
O Verão é sempre muito esperado por grande parte da população, principalmente no Brasil, em que a estação representa o período de férias e com ela praia, piscina e muita diversão. Mas, a época mais quente do ano pode esconder perigos para os nossos amiguinhos de quatro patas. A alta temperatura, associada a uma ampla variação na umidade do ar, que alterna dias muito secos com aqueles muito úmidos, podem predispor uma série de problemas para os bichos de estimação.
Cães e gatos sofrem com o calor excessivo no Verão e os cuidados devem ser ainda maiores. Questões como alimentação, passeios, banhos e parasitas, por exemplo, merecem atenção redobrada dos tutores.
Segundo o médico-veterinário, Eduardo Luiz Bortoncello, que atua na área há 24 anos, um dos cuidados que os donos devem ter é escolher horários mais frescos para sair de casa com o pet. “Os melhores horários para passear são antes das 10h e após as 18h. Há risco de ocorrer ferimentos nas almofadas plantares quando entram em contato com superfícies quentes. O importante é evitar areia quente e asfalto e preferir parques e gramados. Hoje, já existem produtos de uso veterinário que protegem as patas dos cães contra as agressões externas”, comenta.
Bortoncello acrescenta que não são apenas os seres humanos que precisam de cuidados especiais nos dias quentes de Verão. “Os animais de estimação também precisam de atenção e os donos precisam estar dedicados. Outra dica para garantir o bem-estar do seu amiguinho é mantê-lo em abrigos adequados e ventilados, com sombra e temperatura confortável, além de água potável disponível e em abundância.”
Outro questionamento que surge entre os donos de animais de estimação com a chegada do verão é ‘tosar ou não tosar’. “A maioria dos tutores acredita que a tosa nos períodos mais quentes auxilia no conforto térmico e na temperatura corpórea dos animais. Muito pelo contrário, o pelo serve como um protetor natural contra o sol, mantendo a temperatura da pele estável. Sem a cobertura de pelo suficiente podem ocorrer até queimaduras de pele em alguns casos, já que nas estações de temperaturas mais altas é muito comum o aparecimento de enfermidades dermatológicas e até gastrintestinais. Recomendo aos tutores observarem quaisquer alterações nesse sentido. Caso seja identificado algum sintoma, procure um veterinário imediatamente”, explica.
Quando as dúvidas giram em torno da temperatura ideal da água para os pets, da opção em dar gelo ou picolés e da permanência em ambientes com ar-condicionado ou em piscinas, Eduardo é enfático. “Para a água, o ideal é oferecer na temperatura ambiente. Para picolés, o dono pode fazer com o próprio alimento dos cães, como por exemplo, alimentos úmidos em sachês e ofertá-los congelados como se fossem picolés, mas, jamais, oferecer picolés de uso humano.”
Em relação ao ar-condicionado, o veterinário diz que depende, pois o importante é observar se o cão é portador de alguma enfermidade que o impeça de permanecer em ambientes muito frios por muito tempo. “Por isso é importante sempre buscar orientação do médico-veterinário para cada caso. Já, em relação à permanência em piscinas, não vejo problemas, desde que não seja diariamente e que estejam supervisionados pelos tutores”, argumenta.
Eduardo finaliza as dicas de cuidados com os pets no verão dizendo que as contraindicações dependem do ambiente, dos hábitos alimentares, dos controles vacinais e parasitários. “Se tudo estiver dentro da normalidade é só aproveitar a estação com o seu amiguinho.”
