sábado, 21 de junho de 2025
16.7 C
Pomerode
16.7 C
Pomerode
sábado, 21 de junho de 2025

Opinião

Ah, lembrei!

Vou falar do melhor dos poderes, um poder que todos podemos ter, todos , sem exceção. Antes, porém, preciso dizer que dia destes um jovem amigo me fez um desabafo que me levou a dar-lhe uma pequena “palestra”. Fomos a um café.

O amigo me disse que lê muito, lê de tudo um pouco, mas que fica sem graça quando não recorda um trecho de leitura que ele gostaria de citar numa determinada conversa. – Eu esqueço, Prates, fico fulo da vida, esqueço! Devo dizer que já ouvi muito desse desabafo, ele não me é novo nem estranho, pelo contrário, é natural. Quando forçamos a memória a recordar alguma coisa, não raro, ela não nos ajuda; passado um tempinho a evocação do que fora esquecido vem naturalmente à tona. O que houve? Nada demais. É assim mesmo. Agora, que fique claro, quando não temos nada na memória subconsciente, não haverá como recordar o que na memória não foi depositado. A inspiração de um poeta, aquela história de “baixou um santo” ou então, “me veio um lampejo” e escrevi isso… O lampejo ou o santo que baixou outra coisa não é senão a memória funcionando sem a nossa evocação consciente. É a velha história dos oradores gregos – “Não há ideias inatas, o que está no intelecto (memória) passou antes pelos sentidos”. É como dinheiro no banco, você só poderá retirar algum valor se antes o tiver depositado. E era aqui que eu queria chegar. Inspirações, lampejos ou ideias aparentemente vindas do nada vêm dos subconscientes da memória. De um modo ou de outro, num momento ou outro, virá. E isso acontece muito em conversas que mantemos. Sem conscientemente querer, de repente, nos vêm à memória formidáveis informações. Vêm de todos os sentidos, e virá com mais força para os que são leitores. Ideias não vêm do nada, impossível. Tudo o que nos passar pelos sentidos, e de modo especial as leituras, jamais será esquecido, jamais. Podemos esquecer na consciência imediata, mas os conteúdos vão aparecer, adequados aos momentos e às necessidades. É por isso que os que leem são costumeiramente chamados de inteligentes, é que eles têm conteúdos “escondidos” na memória. E esses conteúdos são irrequietos, quando necessários ele vêm com tudo, não raro, em forma de inspiração, aparentemente do nada, mas do nada, nada vem… Leiam, guris e gurias!

REPÓRTER 

O Repórter Esso foi o mais famoso e creditício noticiário de rádio no Brasil, em todas as capitais havia uma emissora que o apresentava. Sempre lido por homens com voz de homem, sérios, competentes no ler e no interpretar, diferente de hoje, com noticiaristas guris, voz de guris gripados, sem nenhum crédito ou taleto. Ontem, nos arquivos do rádio brasileiro, ouvi a última edição do Repórter Esso, foi em 1968, na Rádio Globo. O apresentador terminou as últimas linhas com voz embargada. Outros tempos. Tempos de talentos e credibilidade…

HOJE 

Hoje, como vi dia destes, apresentador de programas de auditório na tevê tirou as meias sujas e as cheirou diante das câmeras, ou então faz piadas de japonês dizendo que os repórteres se chamam Mijando no Muro e Kagando no Mato… E a direção da emissora? Não vê? Fechem.

FALTA DIZER 

Nos Estados Unidos muitas “grandes” empresas não contratam funcionários tanto pela desordem no vestir e portar-se quanto, de modo especial agora, pelas postagens nas redes sociais. As redes são formidáveis fontes de conhecimento de “cabeças”, posturas e cárater. O pessoalzinho está se revelando por todos os poros. Estão caindo no poço e não desconfiam dos motivos. Paspalhos!

Proibido reproduzir esse conteúdo sem a devida citação da fonte jornalística.

Receba notícias direto no seu celular, através dos nossos grupos. Escolha a sua opção:

WhatsApp

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui