Dinheiro e amor
Você pudesse escolher entre um grande amor e um baita emprego, com um salário daqueles, o que você escolheria? Claro que os apressados da mentira diriam, – Ah, Prates, eu escolheria um grande amor, afinal, o amor é tudo na vida! Penso, todavia, que os mais “iluminados” diriam que tanto podem ter um grande amor na vida quanto, e ao mesmo tempo, um bom emprego. Aliás, sonhar com emprego, cá para nós, que desejo pequeno. Desejar emprego é, com o sol claro da verdade, uma espécie de desejo de trabalho escravo. Sem discussões e vamos adiante.
Estou nesse assunto porque ainda faço revisões sobre anotações que fiz na passagem de ano, do 2019 que se foi em boa hora, para este ainda bebê 2020… E fiquei sabendo que entre as muitas mandingas e orações, promessas e vidências buscadas, os brasileiros mais pediram por dinheiro que por amor… Isto é, dinheiro é mais importante que amor. Será? Claro que não. O diacho é que muitos pensam que com dinheiro podem ter o amor que quiser. Até podem, mas o amor dos fingimentos, das bolsinhas que rodam…
O que importa dizer agora é que dinheiro, amor, paz, saúde, felicidade mesmo, dependem de nós, quase só de nós. Ocorre que, mais das vezes, deixamos o barco descer a correnteza sem fazermos qualquer ação para navegá-lo corretamente. Procrastinações e desculpas de toda sorte. Gente que vive escorregando na vida porque não consegue ver, não quer ver, que quando arregaçamos as mangas e dizemos a nós mesmos – “Vou dar um jeito”! – pronto, desaparece o problema, ele vai desaparecer. Nós somos, temos que ser, os timoneiros do barco da nossa vida. Ficar rezando, fazendo promessas, esperando pelos outros, por mudanças que não virão, caracterizam os pífios que vão aos “videntes” para ver suas vidas futuras. Não é preciso sair de casa para saber do nosso futuro, basta que avaliemos nossos pensamentos e nossa habitual coragem para ter fé e fazer. O mais é isso que anda por aí em estonteante maioria, fracassados.
Qualquer pessoa pode ter um grande amor, é preciso, claro, olhos de perceber e ouvidos de escutar, sensibilidade e coragem para dizer não à pessoa indevida, ainda que interessante… Interessante de aparência. E dinheiro também depende de nós. Depende de projetos, disciplina, fé e muito suor. E assim, podemos ter “tudo”, até felicidade.
REAÇÃO
O segmento saudável, educado, da população tem que reagir. Falo das descomposturas na televisão. Há programas ditos humorísticos que são verdadeiros portais de motéis de beira de estrada, tanta a linguagem vulgar e pornográfica. Num outro programa, um “famoso” apresentador de programas das tarde de fim de semana tirou as meias e as cheirou diante das câmeras. E ontem um pôs o dedo no nariz e depois olhou. Ou decência ou “fechamentos”.
PIADA
Circulava nas redes sociais… Uma criança pedia ao Papai Noel que ele mandasse roupas para as amigas do pai dela. É que as amigas no computador do papai apareciam sempre sem roupa, nuas… De fato, brincando, brincando dizemos formidáveis verdades coletivas, atingindo multidões de disfarçados de honestos, fiéis, religiosos, trapaceiros, isso sim…
FALTA DIZER
Num programa de televendas, o garotão vendia colchões. Certa altura, para reforçar a importância do colchão, ele cantou um pedaço de música que diz que – de dia a gente briga, de noite faz amor. É o que alguns pensam. Os homens se recuperam fácil de um desacerto com a mulher, já elas perdem a “energia”, ficam na moita. Que o trouxa saiba disse e a espere se recuperar…
