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Opinião

Nenhuma desculpa

Vou contar uma pequena história, mas antes, como quase sempre, preciso dar umas voltas. Elas são indispensáveis para a digestão do que virá a seguir…

Ontem um sujeito passou por mim vestindo uma camiseta que trazia no peito uma poderosa verdade. Antes de dizer da verdade, é preciso lembrar que brincando dizemos as mais duras das verdades. Até já disseram que “brincando” o diabo empurrou a mãe de cima da ponte…

Na camiseta do transeunte, lia-se: “Desculpe o atraso, eu não queria vir”. Sacrossanta verdade. Será que se você soubesse que a empresa colocou na sua conta um bônus de 100 mil reais, mas para pegá-lo você teria que chegar cedo à agencia bancaria, atrasar-se-ia? Duvido. Dormiria na fila, aposto. Vale para tudo. Só nos atrasamos para aquilo que não nos interessa ou que interessa muito pouco, aquela coisa do – “Bah, tenho que ir, que saco”! Resumindo, só nos atrasamos para o que não temos interesse ou, inconscientemente, tememos, tipo a história que vem a seguir, razão desta nossa conversa.

A manchete do jornal paulista dizia assim: – “Aluna barrada promete boicote no ano que vem”. História de uma mulher, pedagoga, 35 anos, que chegou atrasada para um provão no Centro Universitário… (não digo o resto). Ela chegou quando o porteiro apertava o cadeado do portão principal, a “atrasada” chegou quatro ou cinco segundos atrasada, mas atrasada, que fique claro. Ela fez um escarcéu, dizendo que não tinha cabimento, que isso e que aquilo, que os ônibus estavam fora do horário, que o trânsito insuportável… Todas as escusas que as ordinárias e ordinários usam em seus atrasos. Ninguém se atrasa para o que de fato deseja e respeita. Atrasos são símbolos de pessoas nem-aí, não me venha alguém com desculpas, de trânsito, especialmente. Saia mais cedo de casa, o trânsito faz parte da vida moderna de todos nós, temos que calcular distâncias, velocidades, dificuldades de todo tipo, tudo, de tudo, assim agem as pessoas de crédito, as responsáveis. No “meu” colégio vadios e vadias não chegam atrasados, mas de jeito nenhum, amigo e companheiro! Todos têm relógio, todos. A “pedagoga” atrasada saiu cuspindo e dizendo que ano que vem vai boicotar a instituição que a “barrou”. Eu gostaria de saber como? O melhor que ela tem a fazer é levantar mais cedo e não se atrasar. Por nenhuma razão.

MAQUIÁVEL 

Cala a boca, Maquiavel! Estou relendo o “cara”… Lá pelas tantas, página 68, ele diz: – “Se percorrermos a história dos povos que estão hoje marcados pelos furtos e outros vícios semelhantes, veremos que a responsabilidade é sempre de quem governa, cujo caráter se parece ao dos súditos (povo)”. Na mosca. Se Maquiavel nos conhecesse reescreveria sua obra, com tinta mais forte… Bem mais forte.

PAIS 

Já ouviste a conversa anterior? Então ficará mais fácil agora. Um educador paranaense – perdendo tempo – disse numa entrevista de jornal que “Pais precisam dar limites”. Como na nota anterior, os pais são os “governantes”, se os governantes não têm dignidade, honra, como esperar que os filhos (mais tarde povo) possam crescer confiáveis, dignos? Vamos tomar um ar?

FALTA DIZER 

Já disse que brincando dizemos robustas verdades, verdade. Ontem, ouvi um amigo dizer uma bobagem com boa dose de razão. Ele dizia que escondemos publicamente nosso “sexo”, mas não escondemos nossas mãos que surram, que roubam, que fazem o pior que podemos… Bem no alvo. E ele esqueceu de dizer que nada mais sujo que as mãos humanas, imundícias sem comparação. Sabemos por nós…

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