sábado, 21 de junho de 2025
20.6 C
Pomerode
20.6 C
Pomerode
sábado, 21 de junho de 2025

Opinião

Rico e pobre

Faz algum tempo, um amigo meu, jornalista e pobre, fez uma frase que não esqueci, perdão, deixe-me fazer uma correção: fui redundante, disse jornalista e pobre… Desculpe-me.

Lembrei desse amigo ao recordar de desabafos que já ouvi ao longo da vida, desabafos que volta e meia mudam de nome, endereço e CPF, mas são todos iguais. Costumamos ao longo da vida dizer, desabafar, o que outros já disseram e já desabafaram, não há nada de novo abaixo do sol, pois não?

O meu amigo, o jornalista, um dia, bufando de dificuldades, disse que não via a hora de ganhar na Mega-Sena, bah, nem fala, dizia ele. – “Mandaria tudo o que faço às favas, não perderia mais meu tempo lendo jornais ou estudando fosse o que fosse, nada mais, só gozar a vida”. Mais ou menos o que ele disse. E eu retruquei: – “Quer dizer que ganhar na Mega-Sena para ti significa ficar estúpido, cabeça oca, abobado da corte, é isso”? Ele nem me ouviu. Lembrei desse amigo ao ler resultados de avaliações do Pisa, instituto internacional que avalia a educação nas nações. O Pisa faz-nos saber que os alunos pobres das 10 nações mais pobres do mundo leem melhor que alunos ricos do Brasil. Muitos, diante dessa informação, podem dizer que – Ah, sou rico, não preciso de leituras! Repito o que já disse, o sujeito porque se diz rico assume ser bronco? Sim, é a opção da maioria “rica”… Mas vá ver também como essa riqueza foi obtida, vá…

Ninguém pode dizer que por ser pobre não pode crescer e ser, tampouco alguém pode dizer que por ser rico ou razoavelmente abonado que não precisa de luzes na cabeça…

Rico ou pobre, ninguém está justificado para ser pobre por dentro, na cabeça. Leituras estão ao alcance de todos, ler com habilidade e proficiência depende de prática e interesse, com prática e interesse em leituras a pessoa pode vir a ser o que bem entender. Um pobre não pode dizer que não pode por ser pobre, e um abonado merece uma sova se disser que não precisa por ser um folgado nas finanças…

Para encerrar a conversa, não tem cabimento neste momento por que passamos pessoas de cabeça vazia, seja pela razão que for. As desculpas sumiram, só os vadios vão procurá-las.

ELES 

Ligo o rádio e lá vem a informação: – “Mais de 4 milhões de diplomados no Brasil vivem com renda mínima, ou desempregados ou fazendo “biscates”. Vivo dizendo que diploma não serve para nada senão para habilitar pessoas em atividades regulamentadas. Diploma não é sinônimo de competência em nada. O que há por aí de vadios diplomados, lerdos e sem nenhuma competência é caso de polícia. Cabeças absolutamente vazias. Para saber disso, basta olhos de perceber e ouvidos de escutar. – Ué, gente!

SER 

Fora dos transtornos genéticos, tudo o que somos resulta ou resultou do nosso modo de pensar. Verdade que esse modo muito se deve aos velhos que nos educaram do nascimento até os 5 anos, o período de molde. Melhor é saber disso e dexar a estupidez de dizer que somos o nosso “destino” ou a vontade de um deus. Rematadas tolices. O manda-chuva é o pensamento.

FALTA DIZER  

A leviana entrou no ônibus com uma saia curtinha, sentou e deixou à mostra numa coxa a tatuagem de um revólver. Nada mais é necessário para revelar-se uma “daquelas”, e deve ter feito a tatuagem para contentar o amante, que deve ser um fora-da-lei. Gostaria que ela me estivesse “ouvindo” agora. Indecente!

Imagens

Proibido reproduzir esse conteúdo sem a devida citação da fonte jornalística.

Receba notícias direto no seu celular, através dos nossos grupos. Escolha a sua opção:

WhatsApp

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui