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Opinião

A perna e o passo

Dia destes, ouvi “de longe” uma discussão sobre felicidade e a proposta básica era se é possível ser feliz sozinho. Evidente que sim, cansei de dizer aqui, no rádio, na tevê e nas palestras que quando colocamos nossa felicidade na dependência de alguém ou de algo a felicidade estará em mãos alheias, e não pode. Felicidade é porta que só se abre por dentro, quem permitir “arrombamentos” estará se condenando a pior das infelicidades, a da dependência permanente… Mas o assunto não é bem esse.

É que acabei de ler que o endividamento das famílias está lá em cima, acima dos 60% dos “lares”… Ouço isso e me fico cutucando: o que leva as pessoas ao endividamento? Várias ordens. Na vida, em tudo o que fazemos, não podemos dar o passo maior que a perna. Bah, chego a ficar corado em dizer isso, obviedade maior que o sol… Mas não adianta ficar corado ou envergonhado por dizer isso, o que as “famílias”, maioria, andam fazendo é exatamente isso, dando o passo maior que a perna, e a perna é o salário…

Quando o endividamento vem de um gasto excepcional, questões de saúde, por exemplo, vá lá, não há como escapar, é gastar e não lamentar. Mas esse gasto excepcional com saúde é raro. Fora disso, o endividamento vem dos gastos de quem não sossega o facho no consumismo das modas, dos lazeres, tipo comer fora no fim de semana, viajar em múltiplas “parcelas mensais”, ser, enfim, irresponsável, ela e ele, o casal… Será que não sabem que precisam respeitar o tamanho da “perna”, que o passo não pode ser maior que o salário? Sem falar que seja qual for o salário, alguns “trocos” têm que ser deixados como poupança. Quem faz isso, ou quem fizer, terá uma vida mais sossegada… Mas não, “eles” querem sair por aí e gastar, viver a vida e se exibir para os (nada) amigos…

– Ah, mas eu ganho pouco e preciso viver a vida! Nem quero ouvir essa besteira. Temos que viver de acordo com o que ganhamos, lutar para melhorar a performance e, aí sim, ganhar mais. Ademais, será mesmo que a turma precisava de mais roupas e de mais um par de sapatos? Duvido. Mas não tenho nada com isso, gastem, endividam-se e… Nem digo.

MODA 

Agora estão na moda listas de casamento bem diferentes das listas do passado. Antes, as listas eram para chuveiros, panelas, tapetes, essas coisas. Agora as listas são ou para a festa do casamento, salão, ornamentos etc ou então para a viagem de lua-de-mel. Tem cabimento? Os pombinhos não têm recursos para casar? Não casem. Se ajeitem primeiro. – Ai, cara, tu te metes em tudo! É bom um espelho para quem não se enxerga.

LUGARES 

Todos os dias ouço um boca-aberta ou outro dizer que “aqui não dá, tenho que cair fora, ir para uma cidade maior…”. O abobado está falando em ter oportunidades para o trabalho, para o estudo ou o que for. Os fracassados da vida vivem culpando a “pequena” cidade onde estão, sem se dar conta de que a culpa por seus fracassos não é da cidade, mas deles. Quem se garante, vence aqui mesmo…

FALTA DIZER

Tenho comigo, nos meus arquivos temáticos, uma página inteira de jornal de São Paulo dizendo que – “Finanças arruínam mais casamentos que o sexo”. Quem não sabe? Os ingênuos que se dizem apaixonados. Sexo é um foguinho de palha, dinheiro é um passaporte de todos os momentos. Amor e cabana só em romances do século XV…

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