Horóscopo do dia
O seu horóscopo do dia ou você o faz ou você não o conseguirá evitar. Acabei de ler uma antiga entrevista do cientista espacial Stephen Hawking, um britânico genial, falecido há pouco. O sujeito era o cara nas pesquisas do universo…
É claro que toda vez que o procuravam para entrevistá-lo vinha o tema astrologia, o estudo dos astros e suas influências sobre nós. Ele descartava de pronto e dizia que o ser humano sempre quis controlar o futuro. Uma bela frase, mas por que queremos controlar o futuro? Ora, porque o futuro é incerto e nos assusta. Viver assustado, com medo, tira-nos a graça de tudo, é como andar no escuro, a qualquer momento vamos tropeçar. O diacho é saber que momento será esse.
Aliás, os sábios milenares da história humana sempre disseram que a ninguém foi dado o poder de saber do futuro. Livros de religião os copiaram… Espertalhões. De um modo ou de outro, o futuro nos tira a graça, ninguém sabe do amanhã e, mais que tudo, ninguém sabe do seu prazo de validade, a chamada angústia vital, a que nos acompanha do berço à sepultura.
Da inutilidade de sabermos do futuro, veio a sabedoria indiana, budista, oriental, aquela que prega o viver no aqui e agora. Nada temos senão o aqui e agora. Sim, mas a posição dos astros no espaço não exerce nenhuma influência sobre nós, já que exerce sobre as marés oceânicas? Deve exercer, mas jamais para traçar destinos. O destino nós fazemos, tanto quanto possível, e o resto fica para o inescrutável. E o que é esse inescrutável? Essa a grande pergunta da vida. Será a acidentalidade proposta pela teoria das probabilidades da matemática? Quem vai saber? Melhor não perder o sono, melhor é deitar e dormir, com a cabeça em paz. Há outra saída? Não, não há, não há orações que nos mudem as incertezas da vida. Fantasiosamente, nos valemos dos horóscopos, das preces, dos amuletos, das superstições, de poderes desconhecidos tudo para aquietar as ansiedades sobre o futuro. Adianta? Você responde.
Aceitar o que é, lutar pelo que se pode, viver na decência e confiar… Confiar no quê? No que inventarmos, mas no fundo, no fundo, sabendo que tudo não passa de invenções da nossa cabeça, como os horóscopos. – Ah, e se soubéssemos “antes” sobre o futuro, não haveria vagas nos hospícios…
TESTE
Tanto isso tudo que acabei de dizer sobre os horóscopos é verdade que os criadores dos horóscopos não se atrevem mais a fazer previsões. Escrevem, isso sim, psicologias e filosofias que servem para todos. Duvidas? Vá para a página do horóscopo e leia o seu signo. Depois me diga, serve ou não serve para qualquer pessoa?
FELICIDADE
A felicidade não gosta de ostentações, ela é muito simples, se veste até mesmo como mendiga em muitos momentos. Uma mendiga disfarçada, tamanha é a sua grandeza. Tanto que aprendemos que não devemos julgar pelas aparências. A felicidade, não raro, está ao nosso lado, “malvestida”, não faz barulho nem faz sinais, nós é que temos que identificá-la. Mas todos sentimos quando ela nos deixa, quando vai embora…
FALTA DIZER
Fazia tempo que não ouvia a frase que ouvi ontem. Reveladora do caráter da pessoa. “Alguém” disse perto de mim que no fim de semana se desliga inteiramente do trabalho, descansa mesmo. Quem “se desliga” totalmente do trabalho no fim de semana, volta como na segunda-feira? Volta um balão murcho? Desprezíveis esses vacilões, são os que trabalham só pelo salário. Esses baldes furados dão prejuízos às empresas. Rua…
